
Os primeiros sintomas surgiram há três anos e, o diagnóstico conclusivo, só ocorreu em setembro do ano passado, quando o paciente foi atendido por um médico no Recife. Neste período ele deu entrada no Hospital Regional de Patos dezenas de vezes, foi avaliado por 12 neurocirurgiões na Paraíba, submetido a inúmeros exames, com o uso sequenciado de sedativos, inclusive morfina e, por recomendação médica, teve que deixar o trabalho de vigilante em uma escola pública, além de abandonar os estudos após concluir o segundo ano médio. Hoje vive deitado, se contorcendo em dores e chegando a ventilar a possibilidade de tirar a própria vida.
Como a família não tem condição financeira e o SUS não cobre os custos, inicialmente orçados em R$ 18.847,00 (dezoito mil, oitocentos e quarenta e sete reais), vários segmentos da sociedade se mobilizaram para pressionar os poderes públicos, inclusive os clubes de serviços e a imprensa, ecoando no Ministério Público, com a promotora Edivani Saraiva determinando que o Estado, através da Secretaria da Saúde, com prazo de cinco dias, assumisse o ônus da intervenção cirúrgica que não pode ser feita no Estado da Paraíba à falta de especialista, o que não foi cumprindo, originando um Mandado de Segurança que até hoje não surtiu efeito, uma vez que a juíza teve o entendimento de que somente o Tribunal de Justiça teria competência no caso.
Dulcineia chegou a buscar explicações no TJ, localizando o processo que ainda estaria para ser distribuído, sem qualquer prioridade, mesmo em se tratando de um caso de urgência urgentíssima. Outro agravante é que o hospital do Recife, onde a cirurgia deverá ser feita, já deixou claro que não aceita empenho do Estado da Paraíba.
Instada a falar sobre o sentimento da família diante da situação vivida Dulcineia foi taxativa: "Impotência ao ver um filho com 20 anos de idade, com uma criança pequena, sem a menor condição de sobrevivência, de pés e mãos atados. O que falta na Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba é agilidade e humanidade", assinala.
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